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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Olhar

31
Jul11

 

Da minha janela

vê-se a Poesia.

 

Não te digo, não,

se é bonita ou feia,

se é azul ou branca,

nem que formas tem.

 

Queres conhecê-la?

Deixa o teu bordado,

vem para o meu lado,

que já podes vê-la

com teus próprios olhos.

 

Da minha janela

vê-se a Poesia...

 

Outro que te diga

se é bonita ou feia.

 

Sebastião da Gama

 

 

Alice Alfazema

 

A importância do outro

30
Jul11

 

 

 

Depois da morte do cão comecei a passar cada vez mais tempo fechado no meu quarto, entretido com os livros. O mundo que me era dado conhecer através deles parecia-me muito mais real do que aquele que me rodeava. Perante os meus olhos desfilavam paisagens que jamais imaginara ver. Os livros e  a música passaram a ser os meus melhores amigos. Na escola tinha dois ou três bons amigos, mas nunca encontrara alguém a quem pudesse abrir o coração. Conversar e jogar futebol era tudo o que fazíamos quando estávamos juntos. Se surgia algum problema, não tinha com quem desabafar. Ficava no meu canto, entregue aos meus pensamentos, tirava as minhas conclusões e ia à luta sozinho, mas não posso dizer que me sentisse só. Pensava que isso era normal. Enfim, pensava que os seres humanos deviam trilhar o seu caminho sozinhos.

No entanto, quando cheguei à universidade, encontrei esta amiga, aquela de quem já te falei, e comecei a ver as coisas de outra maneira. Percebi que, à força de pensar nas coisas por minha conta durante tanto tempo, acabara por ficar limitado à minha perspectiva, e comecei a dar-me conta de que estar sempre sozinho pode tornar-se uma coisa terrivelmente depressiva.

 

 

in, Sputnik, meu amor, Haruki Murakami

 

 

É importante fazer amigos.

 

Alice Alfazema

Histórias que podemos reconstruir

26
Jul11

 

Estas flores crescem em terreno inóspito, quem passa e olha poderá não sentir o poder da sobrevivência e os seus sacrifícios, a sede, o vento, o calor, o frio, no entanto, elas resistem e persistem na sua luta diária e por vezes sofrida, mostrando assim, que é sempre possível resistir, por mais adversidades que existam, basta querer e nunca desistir daquilo que se quer e que nos faz falta.

 

 

(Benvinda Marta)

 

 

Alice Alfazema

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