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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Sobre a grande manifestação em Paris

12
Jan15

Ilustração Duy Huynh

 

Ficou claro que não se faz mais por um mundo melhor porque não se quer. Enquanto houver indiferença pelo outro, enquanto os poderes instalados estiverem sentados assim será, enquanto a sociedade civil for uma simples mosca morta, enquanto a experiência for uma coisa que apenas diz respeito àqueles que a têm, haverá um mundo que se gladia. Não são apenas os lápis, nem as cores, nem os desenhos, mas é a raiva contida em cada gesto, é o aceno moribundo pelas liberdades, é o cair de um pano num cenário feio de há muito, não de um agora. Como uma borbulha purulenta que explode, verde e fedorenta. Já lá estava.

 

Liberdade, fraternidade e igualdade.

 

Alice Alfazema

Entre a liberdade e a igualdade

17
Dez13



Penso que os povos democráticos  têm um gosto natural pela liberdade; entregues a si mesmos, procuram-na, amam-na. Entristecem-se quando lha tiram. Mas têm pela igualdade uma paixão ardente, insaciável, eterna, invencível; querem a igualdade na liberdade, e, se não a podem obter, querem-na mesmo na escravidão. Suportarão a pobreza, a servidão, a barbárie, mas não suportarão a aristocracia.

 

 

 Alexis de Tocqueville (1805-1859)

 

 

Alice Alfazema