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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Conversas da escola - Ó mãe acorda para a vida!

06
Dez16

Conversa com um miúdo de doze anos:

 

- Então fazes tu o teu lanche.

- Não posso, porque posso cortar-me.

- Pegas numa faca, daquelas de cortares o bife...

- Lá em casa só os meus pais é que têm talheres de metal, os meus são de plástico.

- Tens de dizer à tua mãe - ó mãe acorda para vida, eu já não tenho três anos, daqui a nada está a crescer-me o bigode...

 

 

Alice Alfazema

Uma pergunta por dia: Uma criança que é socializada por máquinas torna-se num adulto...?

16
Dez12

 

Há quem afirme que ter um filho educado é uma questão de sorte. Não acredito em tal. A sorte exige muita disponibilidade dos pais para os filhos. Muita persistência, muito dialogo, amizade, carinho. Exige uma constante criatividade e abertura geracional.

 

Cada vez mais as crianças são deixadas aos cuidados de máquinas, TV, redes sociais, videojogos e por aí fora. Não será possível crescer em harmonia se não soubermos o que são emoções. As máquinas e o virtualismo não nos dão acesso a isso. É preciso muita dedicação. É admirável ver como os animais demonstram isso às suas crias, entretanto, os humanos vão perdendo essa capacidade de sobrevivência.

 

A cada dia que passa a fragilidade emocional aumenta, assim como aumentam as dependências pelos medicamentos que ajudam a equilibrar essa lacuna. Desenvolver competências emocionais é uma aprendizagem feita ao longo da vida, pois em cada etapa da nossa vida necessitamos de emoções diferentes. Há quem não se queira repetir, eu repito-me muitas vezes, a repetição é um processo de aprendizagem. 

 

As pessoas admiram-se com actos tresloucados, não sabem como tal acontece, no entanto nada acontece ao acaso, há sempre um fundo emocional por detrás de tudo isso. 

 

 

 

 

Aproveitem e ofereçam esse presente aos vossos filhos, no entanto, é provável que eles não o entendam numa primeira abordagem...




 Uma pergunta por dia até ao final do ano, quem quiser responder esteja à vontade.

 

 

Alice Alfazema