Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Formula mágica

23
Fev11

 

 

 

 

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

 

 

 

Vinicius de Moraes

 

 

Viver infinitamente enquanto dure, é a formula mágica...Difícil de alcançar.

O nevoeiro dos preconceitos

22
Fev11

 

 

 

 

O diálogo exige abertura de espírito para ver outras perspectivas da realidade, sem o nevoeiro dos preconceitos.

Cada um de nós faz bem em afirmar, com entusiasmo, aquilo em que acredita, mas tem de admitir, com humildade, que pode estar enganado nos seus pontos de vista. Deve, por isso, mostrar-se disponível para aceitar discordâncias e aprender com a opinião contrária. Só aprende e evolui quem é humilde.

Na comunicação interpessoal, as certezas absolutas são sempre ridículas. Ninguém é dono da verdade. Ninguém sabe tudo. Todos ganhamos no confronto honesto e na partilha com os outros, qualquer que seja a nossa experiência, cultura ou condição social.

O diálogo entre as pessoas, como entre as culturas e as religiões, diminui a cegueira da ignorância. Permite ver melhor e mais longe. É o caminho da sabedoria, da conciliação e da paz.

 

António Estanqueiro

Naquele tempo

22
Fev11

 

 

Naquele tempo existiu um homem.

Ele existiu e existe, pois narramos sua história.

Existiu porque nós existimos.

Num certo tempo existirá um homem, uma vez que plantamos oliveiras para ele e desejamos que usufrua do horto.

 

 

Agnes Heller

 

Pág. 1/6